quinta-feira, 27 de maio de 2010

Exemplos de Novelas de Cavalaria


1. A Crônica do Imperador Clarimundo (João de Barros): esta novela de cavalaria que, de acordo com o autor, se trata de uma tradução fiel de um manuscrito original húngaro em que era contada a vida aventurada do Imperador Clarimundo. Aqui, a personagem é apresentada como progenitora de D. Afonso Henriques, e como o verdadeiro primeiro rei de Portugal. Trata-se de pura ficção, até porque nada indica que Barros soubesse a língua húngara. O enredo é “labiríntico”, complexo e difícil de explicar. Em 104 capítulos, João de Barros insere 250 personagens, eventos de ordem natural e sobrenatural, fazendo mesmo menção a feitos dos reis portugueses. As batalhas desenrolam-se entre muçulmanos, monstros, feiticeiros, bruxos e mágicos. No final de cada capítulo existe uma reflexão e conclusão moral que constitui a parte mais substancial da obra.


2. Palmeirim de Inglaterra (Francisco de Morais): o livro possui algumas lembranças autobiográficas do autor. É um dos melhores romances de cavalaria do século XVI, e foi elogiado por Cervantes em Dom Quixote.Palmeirim de Inglaterra consta de dois livros, o primeiro dividido em 101 capítulos e o segundo por 66. A edição mais antiga que se conhece é a publicada em Toledo (em 1547 o primeiro livro e em 1548 o segundo), com o título de "Livro do muito esforçado cavaleiro Palmeirim de Inglaterra filho do rei Dom Duardos", no qual é atribuído em versos acrósticos a um Luis Hurtado de Toledo, que devia ser então muito jovem. Em português, a versão impressa mais antiga que se conhece é a publicada por André de Burgos, em Évora em 1567, com o título de "Crônica de Palmeirim de Inglaterra".

3. Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda ( Jorge Ferreira de Vasconcelos): possui intuitos pedagógicos e moralizantes, próprios da educação de príncipes.
O estilo de Jorge Ferreira de Vasconcelos tende para o barroco e denota uma influência da historiografia latina, visível na apresentação das personagens e na amplitude retórica dos seus discursos.


Postado por: Luiz Gustavo.

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