segunda-feira, 31 de maio de 2010

Obras de Gil Vicente



1. Auto da Visitação: O Auto da Visitação, ou Monólogo do Vaqueiro, é uma peça de teatro portuguesa do século XVI.
De raízes espanholas, foi a ultima depois da primeira obra de Gil Vicente, composta para anunciar o nascimento do príncipe D. João, futuro João III de Portugal. Estreou em 1502 no Paço Real, então no Castelo de São Jorge, em Lisboa, na presença do soberano, da rainha e da Corte. A obra está escrita em sayaguês.

2. Quem Tem Farelos?: conta a história de um escudeiro em decadência. Os escudeiros e seus criados passam por dificuldades tão terríveis que chegam a ficar esfomeados por isso o título da peça se chama "Quem tem farelos".

3. O Velho da Horta: Nesta farsa, Gil Vicente retrata os infortúnios do amor de um velho que, ironizado pela moça, termina a peça revelando uma grande frustração. No entanto, a preocupação da farsa vicentina não se restringe ao amor incorrespondido, mas vai além das simples críticas sociais, atingindo as críticas morais, de interesses pessoais e, sobretudo, materiais. Ademais,revela com bastante fidelidade as ideologias e costumes desse período de transição para o Renascimento, mas que ainda conserva hábito como o açoite em praça pública, ato que ainda perpetuaria por muitos séculos adiante. Gil Vicente, portanto, registrara o comportamento e a ideologia do homem medieval, mas também já pronunciara as novas ideologias que estavam por iniciar uma nova página na história da literatura e da sociedade portuguesa.

Postado por: Priscila Tomelin.

Teatro de Gil Vicente


Gil Vicente é geralmente considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de renome. Há quem o identifique com o ourives, autor da Custódia de Belém, mestre da balança, e com o mestre de Retórica do rei Dom Manuel. Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de músico, ator e encenador. É frequentemente considerado, de uma forma geral, o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico já que também escreveu em castelhano - partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina.
A obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da passagem da Idade Média para o Renascimento, fazendo-se o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social eram regidas por regras inflexíveis, para uma nova sociedade onde se começa a subverter a ordem instituída, ao questioná-la. Foi, o principal representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a Camões, incorporando elementos populares na sua escrita que influenciou, por sua vez, a cultura popular portuguesa.
O seu primeiro trabalho conhecido, a peça em sayaguês Auto da Visitação, também conhecido como Monólogo do Vaqueiro, foi representada nos aposentos da rainha D. Maria, consorte de Dom Manuel, para celebrar o nascimento do príncipe (o futuro D. João III) - sendo esta representação considerada como o marco de partida da história do teatro português. Ocorreu isto na noite de 8 de Junho de 1502, com a presença, além do rei e da rainha, de Dona Leonor, viúva de D. João II e D. Beatriz, mãe do rei.
Tornou-se, então, responsável pela organização dos eventos palacianos. Dona Leonor pediu ao dramaturgo a repetição da peça pelas matinas de Natal, mas o autor, considerando que a ocasião pedia outro tratamento, escreveu o Auto Pastoril Castelhano. De facto, o Auto da Visitação tem elementos claramente inspirados na "adoração dos pastores", de acordo com os relatos do nascimento de Cristo. A encenação incluía um ofertório de prendas simples e rústicas, como queijos, ao futuro rei, ao qual se pressagiavam grandes feitos. Gil Vicente que, além de ter escrito a peça, também a encenou e representou, usou, contudo, o quadro religioso natalício numa perspectiva profana. Perante o interesse de Dona Leonor, que se tornou a sua grande protectora nos anos seguintes, Gil Vicente teve a noção de que o seu talento lhe permitiria mais do que adaptar simplesmente a peça para ocasiões diversas, ainda que semelhantes.


Postado por: William Araújo.

Exemplos de Crônicas de Fernão Lopes


1. Crônica de Dom João I: "Grande licença deu a afeição que tiveram carrego de ordenar estórias, mormente dos senhores em cuja mercê e terra viviam, e onde foram nados seus antigos avós, sendo-lhes muito favoráveis no recontamento de seus feitos. E tal favoreza como esta nasce de mundanal afeição, a qual não é salvo conformidade de alguma cousa ao entendimento do homem. Assim que a terra em que os homens, por longo costume e tempo, foram criados gera uma tal conformidade entre o seu entendimento e ela, que, havendo de julgar alguma sua cousa, assim em louvor como por contrario, nunca por eles é direitamente recontada, porque, louvando-a, dizem sempre mais de aquilo que é e, se de outro modo, não escrevem suas perdas tão minguadamente como aconteceram."

2. Crônica de Dom Pedro I: “Em três coisas, notadamente, achamos que, na nossa opinião, o rei D. Pedro de Portugal gastava seu tempo, a saber: em fazer justiça e sentenças de litígios do reino, em caçadas, de que gostava muito, em danças e festas, como se usava naquela época, no que tinha grande prazer, no que dificilmente hoje dá para acreditar." (...)

3. Crônica de Dom Fernando: "a proveitosa ordenação de mandar que as terras do reino fossem todas lavradas e aproveitadas" ou os privilégios que concedeu "aos que comprassem ou fizessem naus."



Postado por: Isabelle Bastos.

Crônicas de Fernão Lopes

Fernão Lopes (1378 — 1459) foi funcionário do paço e notário, nomeado cronista pelo rei D. Duarte, escreveu as crônicas dos reis D. Pedro I, D. Fernando e D. João I.
Do ponto de vista da forma, o seu estilo representa uma literatura de expressão oral e de raiz popular. Ele próprio diz que nas suas páginas não se encontra a formosura das palavras, mas a nudez da verdade. Era um autodidata. Foi um dos legítimos representantes do saber popular, mas já no seu tempo um novo tipo de saber começava a surgir: de cunho erudito-acadêmico, humanista, classicizante.
Ocupa, entre a série dos cronistas gerais do Reino, um lugar de destaque, quer como artista quer pela sua maneira de interpretar os factos sociais. Fernão Lopes deve ter nascido entre 1378 e 1390, aproximadamente, visto que em 1418 já ocupava funções públicas de responsabilidade (era Guardião-mor das escrituras da Torre do Tombo). Pertencia portanto à geração seguinte à que viveu o cerco de Lisboa e na batalha de Aljubarrota. A guerra com Castela acabou em 1411, pelo que Fernão Lopes pôde ainda acompanhar a sua fase, e conhecer pessoalmente alguns dos seus protagonistas, como D. João I, Nuno Álvares Pereira, os cidadãos de
Lisboa e na batalha de Aljubarrota.
Durante este longo período de atividade, Fernão Lopes atravessou os reinados de D. João I, D. Duarte, o governo de D. Pedro, e parte do reinado de D. Afonso V. Conheceu muitas alterações políticas e sociais. Ao rei eleito e popular, D. João I, viu suceder um rei mais dominado pela aristocracia, D. Duarte; viu crescer o poder feudal dos filhos de D. João I, e com ele o predomínio da nobreza, que saíra gravemente abalada da crise da independência. Assistiu à guerra civil subsequente à morte de D. Duarte, à insurreição de Lisboa contra a rainha viúva D. Leonor, e à eleição do infante D. Pedro por esta cidade, e em seguida pelas cortes, para o cargo de Defensor e Regedor do Reino, em circunstâncias muito parecidas com as que tinham levado o mestre de Avis ao mesmo cargo e seguidamente ao trono em 1383-1385. Assistiu depois à reação do partido da nobreza, à queda do infante D. Pedro, à sua morte na sangrenta batalha de Alfarrobeira, à perseguição e dispersão dos seus partidários, ao triunfo definitivo da nobreza, no reinado. Foi testemunha do início da expansão ultramarina e teve a sua quarta parte no desastre militar de Tânger, por causa da morte de seu filho, médico do infante.
A última obra em que Fernão Lopes trabalhou, a Crónica de D. João I, embora monumental, ficou incompleta e foi continuada por Zurara (a Crônica estava dividida em 3 partes das quais Fernão Lopes só pode escrever as duas primeiras).



Postado por: Isabelle Bastos.

sábado, 29 de maio de 2010

Exemplos de Prosa Doutrinária

1. Livro de Montaria: de D. João I, que se ensina a caça ao porco montês, considerado o desporto da fidalguia. Temos assim o melhor exemplo de como,na corte portuguesa,se fermentou uma atividade desportiva.

2. Livro de Falcoaria: de Pêro Menino, em que se ensina a tratar das doenças dos falcões.

3. Livro da Virtuosa Benfeitoria: do Infante D. Pedro, o Regente (nascido em 1392 e morto em 1449, na batalha de Alfarrobeira, era filho bastardo de D. João I), contém a tradução e adaptação da obra De Beneficiis, de Sêneca, realizada com a ajuda de Frei João Verba, e que trata das numerosas modalidades e virtudes do "benefício", sobretudo na educação dos nobres;


Postado por: Matheus Prado

Prosa Doutrinária


A prosa doutrinária servia fundamentalmente à educação da fidalguia, com o sentido de orientá-la no convívio social e no adestramento físico para a guerra, sendo escrita sobretudo por monarcas. O culto do esporte, principalmente o da caça, ocupava o primeiro lugar nessa pedagogia pragmática.
As virtudes morais também eram lembradas e enaltecidas, sempre visando a alcançar o perfeito equilíbrio entre a saúde do corpo e do espírito.
Contemporâneamente, surgiram obras de devoção e misticismo, de elogio da vida contemplativa virtuosa e solitária. Como exemplos, temos o Livro de Montaria, Livro de Falcoaria e o Livro da Virtuosa Benfeitoria.
Com o aumento de interesse pela leitura , houve um significativo e rápido crescimento da cultura com o surgimento de bibliotecas e a intensificação de traduções de obras religiosas e profanas , além da atualização de escritos antigos. Esse envolvimento com o saber atingiu também a nobreza , a ponto de as crônicas históricas passarem a ser escritas pelos próprios reis , especialmente da dinastia de Avis , com os exemplos de D. João I , D.Duarte e D. Pedro.
Essa produção recebeu o nome de doutrinária , porque incluíam a atitude de transmitir ensinamentos sobre certas prática diárias , e sobre a vida.


Postado por: Matheus Prado.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Exemplos de Novelas de Cavalaria


1. A Crônica do Imperador Clarimundo (João de Barros): esta novela de cavalaria que, de acordo com o autor, se trata de uma tradução fiel de um manuscrito original húngaro em que era contada a vida aventurada do Imperador Clarimundo. Aqui, a personagem é apresentada como progenitora de D. Afonso Henriques, e como o verdadeiro primeiro rei de Portugal. Trata-se de pura ficção, até porque nada indica que Barros soubesse a língua húngara. O enredo é “labiríntico”, complexo e difícil de explicar. Em 104 capítulos, João de Barros insere 250 personagens, eventos de ordem natural e sobrenatural, fazendo mesmo menção a feitos dos reis portugueses. As batalhas desenrolam-se entre muçulmanos, monstros, feiticeiros, bruxos e mágicos. No final de cada capítulo existe uma reflexão e conclusão moral que constitui a parte mais substancial da obra.


2. Palmeirim de Inglaterra (Francisco de Morais): o livro possui algumas lembranças autobiográficas do autor. É um dos melhores romances de cavalaria do século XVI, e foi elogiado por Cervantes em Dom Quixote.Palmeirim de Inglaterra consta de dois livros, o primeiro dividido em 101 capítulos e o segundo por 66. A edição mais antiga que se conhece é a publicada em Toledo (em 1547 o primeiro livro e em 1548 o segundo), com o título de "Livro do muito esforçado cavaleiro Palmeirim de Inglaterra filho do rei Dom Duardos", no qual é atribuído em versos acrósticos a um Luis Hurtado de Toledo, que devia ser então muito jovem. Em português, a versão impressa mais antiga que se conhece é a publicada por André de Burgos, em Évora em 1567, com o título de "Crônica de Palmeirim de Inglaterra".

3. Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda ( Jorge Ferreira de Vasconcelos): possui intuitos pedagógicos e moralizantes, próprios da educação de príncipes.
O estilo de Jorge Ferreira de Vasconcelos tende para o barroco e denota uma influência da historiografia latina, visível na apresentação das personagens e na amplitude retórica dos seus discursos.


Postado por: Luiz Gustavo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Novelas de Cavalaria

Gênero medieval cuja origem não é ainda certa, embora se aponte a França e a Inglaterra como seu berço.
Foi introduzida em Portugal no reinado de D. Afonso III, no século XIII, quando se traduziu para português A Demanda do Santo Graal. A matéria destas novelas está dividida em três ciclos:

1 - Ciclo bretão ou arturiano: que assenta no rei Artur e seus cavaleiros como figuras centrais;
2 - Ciclo carolíngeo: que se desenvolve à volta de Carlos Magno e seus pares;
3 - Ciclo clássico: que abrange figuras da Antiguidade Clássica.

Destes três ciclos, apenas o arturiano marcou presença em Portugal e segundo J. P. Coelho, em obra citada, a tradução de algumas destas obras teria influenciado "não só os hábitos e costumes da sociedade medieval portuguesa, mas também a atividade literária".
No século XVI, este gênero literário continua a ser cultivado com muita incidência, embora adaptado à nova visão do mundo veiculada pelo Humanismo. Assim, em Portugal, escrevem-se novelas em português, nomeadamente A Crónica do Imperador Clarimundo, de João de Barros, O Palmeirim de Inglaterra, de Francisco Morais, O Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda, de Jorge Ferreira de Vasconcelos, etc., que refletem a postura épica e a euforia da expansão lusa, nacionalizando-se, desta forma, o gênero em termos linguísticos e temáticos.

Postado por: Luiz Gustavo.

sábado, 22 de maio de 2010

O Cancioneiro Geral de Garcia de Resende



O Cancioneiro Geral (1516) é uma coletânea que inclui composições de uns 300 autores dos séculos XV e XVI, entre eles o compilador, Garcia de Resende. Surge a imitação de cancioneiros castelhanos do século XV, com o Cancioneiro de Baena, com o Cancioneiro de Palacio ou com o Cancioneiro General.
A palavra cancioneiro significa coleção, coleção de canções e de antigas poesias.

Contexto no que se publica:
a) Hibridismo linguístico (“questão da língua”): o português perde terreno face ao castelhano (em especial depois da morte de Dom Dinis em 1325 ), daí que as composições que se incluem no Cancioneiro Geral estejam escritas em castelhano e galego-português ou num galego-português muito desfigurado. Ademais as citas e glosas de autores castelhanos são muito frequentes;

b) Evolução do lirismo galego-português:
- Importação do céjel, forma poética castelhana.
- A mulher vê-se como um ser vingativo que faz sofrer o amado.
- Visão diferente da coita de amor (petrarquismo).
- Outros câmbios são: gosto pelo paradoxo, galanteio, temas ténues...;

Prólogo:
No Prólogo do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende faz:
a) Uma referência histórica: refere-se a expansão portuguesa e às glórias de Portugal.
b) Uma referência literária: queixa-se de que os feitos anteriores não sejam divulgados refere-se à importância da arte de trovar. Assim, o objectivo da compilação é informar sobre estes feitos e louva-los, mas também a poesia entendida como lazer.

Autores:
Alguns dos autores das composições do Cancioneiro Geral são:
1) O próprio Garcia de Resende.
2) Diogo Brandão.
3) Jorge D’Aguiar.
4) Bernardim Ribeiro.
5) Sá de Miranda.

Blocos temáticos:
O Cancioneiro Geral inclui poesia de temática:
a) Amorosa.
b) Satírica.
c) Religiosa, didática ou moralizante.


Métrica:
A redondilha maior é o metro predominante no Cancioneiro Geral, embora também haja poesia composta em redondilha menor.


Postado por : Hevandro Paz.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Exemplos de Poesias Palacianas

1. " Que meus olhos partays
em qual quer parte questeys,
em meu coraçam ficays
e nele vos converteys.
Este é o vosso luguar.
Em que may eta vos vejo,
por que nam quer meu desejo
que vos dy passays mudar.
por isso que partays,
em qual quer parte questeys
em meu coraçam ficays,
pos nele se converteys. "

(Rui Barbosa)

Neste texto, tomamos o envolvimento íntimo do autor através de sua confissão amorosa, em que chega a afirmar que mesmo com amada se ausentando, ela continuará presente, pois ela se transformara no próprio coração do poeta. Notamos, ainda, uma linguagem simples e grafia mais próxima de hoje, mas preserva-se a coita amorosa trovadoresca.


2. " Senhora, partem tão tristes

meus olhos por vós, meu bem,

que nunca tão tristes vistes

outros nenhuns por ninguém.

Tão tristes, tão saudosos,

tão doentes da partida,

tão cansados, tão chorosos,

da morte mais desejosos

cem mil vezes que da vida.

Partem tão tristes os tristes,

tão fora d’esperar bem,

que nunca tão tristes vistes

outros nenhuns por ninguém. "

(João Ruiz de Castelo Branco)

João Ruiz de Castelo Branco viveu na segunda metade do século XV. É um dos inúmeros poetas do Cancioneiro Geral. A “Cantiga sua partindo-se” é, merecidamente, um dos mais conhecidos poemas do período humanista. A delicadeza expressiva dessa pequena cantiga bastou para perpetuar o nome de seu autor.


3. " Antre tremor e desejo,
Vã esperança e vã dor,
Antre amor e desamor,
Meu triste coração vejo.

Nestes extremos cativo
Ando sem fazer mudança,
E já vivi d'esperança
E agora vivo de choro vivo.
Contra mi mesmo pelejo,
Vem d'ua dor outra dor
E d'um desejo maior
Nasce outro mor desejo. "

(Sá de Miranda)

Postado por: William Araújo

Poesia Palaciana

A Poesia Palaciana, como o próprio nome já diz, era a poesia feita por nobres e destinada à corte. Ao contrário dos códices (manuscritos) trovadorescos, grande parte da produção poética desse período foi recolhida por Garcia de Resende no Cancioneiro Geral, formado por 880 composições, impresso em 1516. Entre suas principais características estão:

- separação entre música e texto: a poesia destina-se mais a leitura. Assim a própria linguagem é responsável pelo ritmo e expressividade. O termo trovador aos poucos assume um caráter prejorativo e começa a surgir a figura do poeta;

- utilização dos redondilhos: versos compostos por cinco (redondilhos menores) ou sete (redondilhos maiores);

- temática variada: com composições religiosas, satíricas, didáticas, heróicas e líricas. O lirismo trovadoresco, a partir de Petrarca, assume uma nova conotação, a mulher idealizada, inatingível, canaliza-se a sensualidade reprimida nas cantigas de amor passa a ser frequente.


Postado por: William Araújo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Humanismo na Literatura

Humanismo é o nome que se dá a produção escrita histórica literária do final da Idade Média e início da Moderna, ou seja, parte do século XV e início do século XVI, mais precisamente de 1434 a 1527.
No final do século XV, a Europa passava por diversas mudanças.
Todas essas mudanças foram agilizadas com o surgimento dos humanistas, estudiosos tiveram uma importância muito grande porque divulgaram os novos conceitos, além de valorizarem os direitos dos cidadãos.
A revolução de Avis, a conquista de Ceuta, interesse de nobres em produções literárias diferentes do lirismo, tudo isso justifica a marginalização da arte lírica e o fim do Trovadorismo. A partir daí o ambiente tornou-se propício às crônicas e à prosa histórica.
A produção Literária desse período subdividiu-se em :
- Poesia Palaciana;
- Prosa: - crônicas de Fernão Lopes
- prosa doutrinária
- novelas de cavalaria
- Teatro: - Gil Vicente



Texto postado por: Hevandro Paz.